O problema é a motivação.

Na correria do dia a dia é muito comum encontrarmos pessoas sem motivação que estão em várias situações de vida,  inclusive situações que se repetem, quer dizer, pessoas que estão trabalhando no mesmo emprego, que estão desempregadas continuamente e que são empresárias há muito tempo e outros com menos sorte, que estão tentando se “encontrar” mais uma vez em um novo negócio. Muitas destas pessoas, na maioria das vezes por se encontrarem nestas condições, sentem vontade de “parar”, “largar tudo e entregar para Deus”.

Hoje trago para vocês uma entrevista excelente do profissional Fred Graef , que trata de vários programas, dentre eles como criar metas para sua vida, que vem sendo apresentada em uma série de post do Facíleme Social Commerce.

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Quem é Fred Graef?

Para vocês conhecerem mais, Fred Graef é empresário Coach e palestrante, especialista em comportamento humano e Performance humana, tem em seu histórico trabalhos realizados em grande empresas como Springer Carrier, CIC Caxias, CEMAR Legrand, Unimed, Croasonho, Ou-Martiplast, Valmova, entre outras. Possui uma experiência de 15 anos como Executivo Comercial e Líder de Equipes de Vendas em empresas nacionais e multinacionais e é coautor dos livros “Manual Completo do Coaching” e “Manual Completo do PNL (Programação Neuro Linguística) e autor da obra “Metas. Como transformar Sonhos em realidade.”.

Hoje Fred vem trazer ricas informações sobre motivação, alimento necessário, para continuarmos nossos empreendimentos em ritmo acelerado. Acompanhem, você não vão se arrepender!

A entrevista que vai mudar a sua vida!

Acompanhe agora a entrevista que traz lições e conteúdos fantásticos para você mudar a sua visão, tudo o que você conheceu até o momento e transforme a sua vida com as dicas do nosso especialista.

Facíleme – Fred como funciona o processo de desmotivação? Como detectar se realmente a pessoa esta motivada e, no seu conhecimento, quais são os principais motivos que levam às pessoas a desistência dos projetos?

Fred Graef – O processo de motivação é emocional, e não racional. É uma química, e esta química vem do desejo. Desejo que a gente tem pelos valores, sentimentos que governam as nossas decisões. Reconhecimento, crescimento, independência, liberdade, poder, status, etc. Diferentes caminhos que levam ao amor, à felicidade, à realização. Isso é o desejo que nasce – é inerente à alma humana. Nós todos temos. Quando a gente para de sonhar, ou quando a gente não se permite mais sonhar – por frustração, ou por entrar no piloto automático –

Há várias teorias de motivação, mas pelo que a vida me ensinou o que nos move ou é dor ou prazer. É preciso ter muito claro o que a pessoa deseja. Por exemplo, se um dos meus valores é crescimento ou liberdade, isso significa pensar porque aquela meta que eu defini vai me trazer mais liberdade ou independência, crescimento. Isso significa que eu preciso pensar nisso, criar imagens ou sons na mente, para que eu possa me colocar em ação.

Para isso há ferramentas como gatilhos mentais ou linguagem hipnótica – são formas ou expressões utilizadas para tocar os valores das pessoas. Sempre os valores estão presentes por trás de uma meta ou de um sonho. É assim que funciona o processo da motivação.

A autoconsciência faz com que a gente detecte se está motivado ou não. Há no mercado um livro Inteligência Objetiva, que chega no detalhe de quando a mente está positiva ou negativa. Mas uma forma simples é a pessoa montar uma tabela para si e descreve o seu comportamento, ou de como quer estar. Semanalmente a pessoa se dá notas com relação à sua motivação – para alegria, para satisfação, etc. a pessoa, ao se auto-observar, vai criando um padrão mental para alcançar o 10! Um coach pode auxiliar neste trabalho e, após, a pessoa pode criar uma tabela com frequência, duração, intensidade, para monitorar o seu estado emocional. Porque o estado emocional é gerenciável, é uma competência como qualquer outra, como dirigir, jogar tênis…

As desistências de projetos acontecem por conta de expectativas mágicas. Muitas pessoas têm aquelas decisões de final de ano e decidem com facilidade muita coisa. Eu vou emagrecer, vou malhar, vou fazer inglês… e grande parte das pessoas desiste porque são decisões mágicas. Não transformaram em plano, em projeto. Quanto mais desafiador for o objetivo, mais é preciso planejamento. É preciso medir bem os custos emocionais e financeiros, aumentando as chances de persistir, de continuar.

Outra parte que leva as pessoas a desistirem das suas metas é a fraqueza mental. E isso pode ser treinado, a habilidade de fazer a gestão do nosso estado emocional. E treinar é todo dia – abrir um espaço de 5, 10 minutos para olhar o caderno de suas metas, seus planos, seus projetos, e imaginar aquilo acontecendo. Não é pensamento mágico e nem lei da atração, isso é neurologia. 90% do nosso comportamento é inconsciente. A gente gosta de pensar que não, mas é. O subconsciente no nível físico é a amarração cerebral que a gente tem. Quanto mais a gente repete um pensamento, mais as conexões cerebrais vão acontecendo. Treinar o cérebro é enxergar todo o dia a coisa acontecendo e sentir a emoção daquela coisa acontecendo.

Então, quanto mais você pensa mais você produz combustível na tua usina, que é o teu cérebro. As pessoas que têm mais motivação passam mais tempo nesta academia cerebral.

Facíleme – Existe diferença entre motivação pessoal e profissional, quais seriam?

Fred Graef  – Não, não existe. O que a gente precisa fazer em termos profissionais é o seguinte: a pessoa que está desmotivada no seu trabalho é porque ela não está encontrando motivo naquele trabalho, não está satisfazendo um valor seu. Imagina que o camarada quer independência e no seu trabalho ele não veja um meio de chegar aonde ele quer. Ele não consegue criar um significado. Motivação é competência que cada um precisa desenvolver para criar para si um significado. Se motivar é uma decisão inteligente. Ninguém vai motivar ninguém.

Outro ponto é quando no trabalho não consigo desenvolver os meus talentos. Minha crença é que um talento pode ser desenvolvido, mas em última instância, se o que eu estou fazendo eu não gosto, ou eu não vejo um caminho, eu vou me desmotivar. Mas muitas pessoas se desmotivam porque não param para fazer esse raciocínio que estou fazendo. O que eu quero com esse trabalho? Esse trabalho vai me ajudar nos meus objetivos? Porque por vezes a pessoa muda de trabalho e a falta de motivação continua. É como um casamento. As situações tendem a se repetir quando não trabalhamos as questões internas.

Facíleme – Neste caso, quais são os procedimentos que você recomendaria para quem está iniciando um negócio ou um novo projeto?

Fred Graef  – Bom, as recomendações são as seguintes:

1º – colocar suas metas por escrito. Colocar uma data, o por quê, qual o valor que vai ser vivido com aquela meta.

2º – ter um planejamento. Literalmente escrever, dizer quais os ganhos que a pessoa vai ter ao atingir a sua meta; as perdas que a pessoa vai ter ao iniciar um projeto – isso é importante porque sempre vai haver perdas; o que ela ganha ao desistir de um projeto – isso também é um sabotador, tem que mapear isso. É como um camarada que vai começar a dieta. Ele é fanático por doces e diz que não vai comer mais doces. Não funciona assim. Às vezes ele vai ter que comer um docinho. Então é preciso saber o que fazer quando pintar a vontade, a fissura; o que a pessoa perde ao desistir da meta… tudo isso vai reforçando a conexão neural, fazendo com que o cérebro trabalhe a favor dele.

3º – é preciso ter revisão da meta. Criar o hábito de ler diariamente, revisar semanalmente, ver que ações deram certo, quais não deram. Nenhum planejamento acontece como a gente previu no momento zero. Tem que criar espaço na agenda para parar e organizar as próximas ações.

4º – estrutura de apoio. Pode ser um coach, um consultor pessoal, um professor, um máster mind. Uma estrutura de apoio te mantém motivado, todos adoramos ser cobrados, a gente tem uma tendência a ir para o piloto automático. É preciso ter alguém que você presta contas.

5º – treino cerebral diário. É diferente de olhar as metas diariamente. É fechar o olho e enxergar a coisa acontecendo. Quando eu visualizo, eu reforço minhas conexões neurais, e quando eu faço afirmações, falo frases, “estou conseguindo”, “estou cada vez mais próximo”, ficar repetindo para si, estou pensando. E quando estou pensando estou passando impulso elétrico na minha conexão neural. Eu treino minha mente para ter energia. Treino para automaticamente pensar no positivo.

Facíleme – O que você recomenda a quem está na ativa há muito tempo no mesmo negócio?

Fred Graef  – Iria para as recomendações acima, se está cumprindo todas as etapas. Possivelmente essa pessoa tem que revisar o seu planejamento. Talvez tenha que aprender coisas novas, desenvolver competências. A estrutura de apoio auxilia o camarada a abrir sua cabeça. Às vezes são pequenos ajustes que causam a diferença. Essa prática, essa revisão é que nos mostra que ajustes são necessários.

Facíleme – A Economia em nosso país é bem instável e isso pode ser um fator agravante, como o empreendedor pode driblar este problema uma vez que se trata de uma ameaça externa?

Fred Graef – Minha opinião é a seguinte: o Estado regulatório no Brasil é mais frágil, mas a gente já teve muito mais flutuação no passado – crises econômicas, alteração de moeda, etc. olhando para o passado minha opinião é que já estamos bem mais estáveis do que já fomos. O que eu falo para meus clientes que são empresários, e eu sou empresário, tenho negócios, é que o camarada que entra pro jogo no Brasil ele não pode se queixar, ele já sabe como as coisas funcionam. O que eu indico é o treinamento cerebral. O cara precisa assumir a responsabilidade sobre a sua vida, ter o controle interno. Quem coloca a responsabilidade para fora de si – no governo, no mercado, na esposa, etc, tem controle externo. Já quem tem controle interno faz as circunstâncias acontecerem – ela não acredita nas dificuldades, ela faz acontecer. Claro que há variáveis que vão influenciar, mas isso é para todo mundo. Então por que uns conseguem e outros não? É preciso ter a crença do controle interno e programar o cérebro.

Facíleme – Como podemos mudar a visão de quem está acomodado tanto no ponto de vista de um negócio quanto de um colaborador?

Fred Graef  –  O que a gente pode fazer é tocar as pessoas com as palavras, inspirar. Tenho que descobrir os motivadores daquela pessoa, o que ela quer, tanto em critérios de valores como dinheiro, formatura, casa, como reconhecimento, status…

Tenho que oferecer ou dor ou prazer. Prazer são os ganhos, o que a pessoa vai conseguir quando chegar lá. E a pessoas vai se emocionando. Ou pela dor – imagina o que vai conseguir se você não fizer isso. Não é ameaça, mas fazer a pessoa pensar o que ela perde, falar das coisas importantes. Isso podemos fazer com os gatilhos ou com linguagem hipnótica.

Facíleme – Você acredita que a Internet pode ajudar ou atrapalhar no processo de motivação?

Fred Graef  – Minha experiência pessoal é que só ajuda; a internet põe o conhecimento todo na ponta dos dedos. Tem ensinamento, tem vídeo, tem tudo. É excelente ferramenta hoje em dia, que popularizou o conhecimento. É ferramenta que só motiva, é neutra. Como toda tecnologia, só depende do homem o que fazer com ela.

Facíleme – O que fazer quando nossas metas são comprometidas por falta de motivação?

Fred Graef  – As metas não são comprometidas por falta de motivação. O que a gente faz é parar de treinar para se motivar. Ou seja, se a pessoa tem sua meta escrita, tem planejamento, tem estrutura de apoio, tem o treino cerebral, te garanto que a pessoa não vai desistir. Você pode passar uma vida inteira, mas não desiste.

Só se ela não soube reforçar aquela programação no cérebro, e não tolerou a frustração, a dor.

As metas no seu negócio, para si, vão deixar de ser perseguidas se a pessoa não fez o dever de casa.

Já em uma equipe, se o gestor definiu a meta, se o empresário definiu, talvez as pessoas não vão ter a mesma motivação. Por isso ele vai ter conversa para que cada um enxergue como aquele objetivo seja benéfico para cada um. É a singularização da gestão do negócio. O líder vai ter que estar mostrando constantemente esses ganhos, como serão satisfeitos, ou as dores que vão existir quando não se alcançar aquele objetivo.

Facíleme – Como lidar com sócios ou pessoas que trabalham conosco e não estão motivadas?

Fred Graef  –  Acho que a única diferença com sócios é que a conversa tem que ser mais franca. Eu percebo com clientes meus que são empresários a dificuldade em ser assertivo. A gente tem que customizar as nossas conversas com quem a gente quer influenciar.

Facíleme – Você acredita que mudanças são necessárias? Que dicas você nos deixa para o nosso dia a dia?

Fred Graef  – Nossa, acredito que a mudança é a lei da vida. Tudo se move o tempo todo – a natureza, nosso corpo, as células, é uma lei divina. Não entender a mudança, ou não surfar essa onda, é teimosia contra uma lei natural. E por isso fonte de sofrimento. Não tem jeito – mudança é a lei da vida! E a gente tem que configurar nossa mentalidade, nosso cérebro, para a gente estar em paz, tranquilo, com isso tudo que está sempre em mudança. E isso é treino cerebral. Treine seu cérebro para ele trabalhar a seu favor!

Para quem quiser saber mais sobre Fred Graef recomendamos que acesse seu site www.fredgraef.com.br/blog/, e acompanhe todos os conteúdos, muitos deles gratuitos, além disso, dispõe de vídeos e calendários de cursos do nosso especialista. Com certeza a sua visão e sua vida irão mudar!

Bom eu fico por aqui. Continue nos acompanhando pelo site ou pelas redes sociais e aproveite nossas novidades. Um abraço e até breve.

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